CALOR E ESTIAGEM INTENSIFICAM PROLIFERAÇÃO DE ALGAS NA LAGOA DOS PATOS

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A estiagem e as altas temperaturas têm causado a proliferação de algas na Lagoa dos Patos, deixando as águas com uma forte coloração esverdeada, fenômeno que se repete em mais um verão na Costa Doce.

No último domingo, moradores e turistas que visitaram localidades como Tapes e outras áreas banhadas pela maior laguna da América do Sul, se depararam com o tom esverdeado das águas, uma ocorrência que já havia sido registrada em anos anteriores, especialmente durante períodos de seca.

Pesquisadores da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) investigam há anos o fenômeno. Estudos realizados em episódios semelhantes revelaram que a combinação de altas temperaturas e níveis elevados de nutrientes, como nitrogênio e fósforo, favorece a proliferação de cianobactérias — conhecidas como “marés verdes” ou “marés azuis”.

Segundo os especialistas, os gêneros mais comuns associados à proliferação na Lagoa dos Patos são Anabaena, Microcystis e Aphanizomenon. Essas cianobactérias, embora sejam micro-organismos capazes de realizar fotossíntese, diferem das algas tradicionais por não possuírem cloroplastos organizados.

Os cientistas alertam para os riscos à saúde humana. As toxinas liberadas por esses organismos podem causar sintomas como vômito, diarreia, dores abdominais e indisposição, com duração de até uma semana em casos mais graves. O fenômeno reforça a necessidade de cuidados por parte de banhistas e moradores locais.

Imagem: André Machado

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